terça-feira, 8 de setembro de 2009

SAPO MARTELINHO


Características
Mede cerca de 6 cm de comprimento rostro-cloacal. O colorido geral é pardo-esverdeado com manchas escuras e claras no dorso, lembrando liquens ou cascas de árvores. Apresenta faixas transversais negras nas coxas e nos flancos. Peculiarmente, possui ossos verdes. Suas mãos são relativamente grandes, característica a qual lhe conferiu o nome biobeba, que na língua indígena significa mãos grandes. Os machos apresentam espinhos sexuais (prepólex) muito desenvolvidos nas patas dianteiras que devem servir para manutenção do amplexo e estímulo para que a fêmea ovule. Além disso, as fêmeas são significativamente maiores que os machos.

Habitat
Próximo de lagos, lagoas, brejos.

Ocorrência
Da Serra do Espinhaço em MG até o interior do Estado de São Paulo.

Hábitos
Durante o dia permanecem abrigadas na vegetação às margens de riachos e camufladas, adquirindo coloração semelhante a da folhagem. Os machos apresentam padrão bimodal de vocalização, isto é, cantam em dois turnos (das 18 às 21 horas e entre 23 e 1 hora da manhã). As vocalizações são emitidas do chão, ou até aproximadamente 8 m de altura. Para esta espécie, foram identificados três tipos de vocalização: (I) "canto padrão", emitido nas copas das árvores para agregar a espécie fora da estação reprodutiva; (II) "canto de corte", emitido durante a construção do ninho, para atrair as fêmeas; e (III) "grito de agonia", emitido quando manuseada com intuito de livrar-se de um possível predador. Quando este é emitido, os outros machos da redondeza param de cantar por alguns minutos. Fora do período reprodutivo esses animais permanecem nos galhos mais altos das árvores.

Alimentação
Principalmente pequenos invertebrados, como besouros, grilos, gafanhotos, mariposas, borboletas e aranhas. Em seu estômago também é comum serem encontrados muco, areia e restos vegetais, mas não significa que alimentem-se necessariamente destes itens.

Reprodução
Os machos constroem ninhos ovais (15 x 25 cm), as chamadas "piscininhas" ou "panelinhas", feitas com a lama do próprio local, no chão e próximos a água corrente. A fêmea inspeciona o ninho e, aprovando-o, realiza o amplexo. Então, permanecem abraçados por cerca de 2 horas e meia, podendo durar até 5 horas. Logo após, os ovos são depositados nos ninhos. Não há relato de cuidado parental ou mesmo combates físicos entre machos.

Predadores naturais
As desovas podem ser predadas pela aranha-pescadora.


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